HISTÓRIA DA MÚSICA

À origem da música no tempo e no espaço não pode ser determinada. No entanto, pode-se afirmar que ela fora revelada através da dança e do canto.

O homem pré-histórico já expressava pelos movimentos ritmados suas emoções.  O homem anti-diluviano na tentativa de reproduzir com objetos rústicos a sua voz, talvez tenha dado o grande passo para a invenção dos instrumentos musicais. Não havendo vestígio da música da antiguidade, nada d concreto se pode afirmar sobre ela.

A música nos vários pontos do mundo

No Egito

Os egípcios cultivavam a música com muito carinho e a apresentavam com elevado bom gosto, tanto no culto dos deuses como nos banquetes solenes e nas cerimônias fúnebres. As escalas que eram de sete notas, os egípcios representavam-nas da mesma forma (hieróglifos) como representavam os planetas.

• Instrumentos de corda: harpa, alaúde.
• Instrumentos de sopro: flautas de barro, de osso ou de marfim. Mais tarde fabricaram-nas de bronze.
• Instrumentos de percussão: tambores de guerra, címbalos, castanhola.

Na Arábia

                Os árabes foram grandes propagadores da música, a qual era indispensável em todas as cerimônias religiosas.

                Cabiam às mulheres e aos escravos a prática do canto e a execução dos instrumentos. Al-Farab, célebre filósofo e músico, foi um dos primeiros que, na língua árabe, fez uma codificação da música.

                Dentre os antigos instrumentos árabes encontram-se os de:

• Corda: rabeca, harpa.
• Sopro: Flauta.
• Percussão: adufe.

Rabeca de poeta (com apenas uma corda) era o nome dado ao instrumento mais antigo e rudimentar da Arábia.

                A música, à medida que deixava de ser simples diversão, passava a ocupar lugar de destaque na corte dos Califas.

Assírios, Babilônicos e Caldeus

                Aqui, a música tinha função de animar as tropas nas batalhas, bem como alegrar os banquetes e festas nos tempos de paz. Os instrumentos eram:

• Corda: lira.
• Sopro: flauta e trombeta.
• Percussão: tímpanos, gongo.

A música dos Hebreus

                Grande parte da música dos hebreus encontra-se na Bíblia. Os salmos eram os seus principais cantos sacros, atribuídos a David, musicista e chefe do exército israelita.

                Os salmos passaram para o culto cristão, cuja adaptação à igreja católica fora feita por Sto. Ambrósio.

                A origem das concentrações orfeônicas, tão usadas há algumas décadas, é de David, que reunia o povo em praça pública, organizando coro com mais de mil pessoas. Seus instrumentos:

• Sopro: chsofar, flautas, trompas.
• Percussão: pandeiros, pratos de metal.

Na Índia

                O indiano cultivava a música desde a sua infância, que atingiu considerável evolução através dos seus instrumentos. Transmitiam-nos diversas noções teóricas e a sua escala fundamental, a exemplo dos egípcios, dos persas e dos árabes, possuía sete notas. A escala musical era atribuição da deusa Svaragrama, e as sete notas personificavam as sete ninfas que acompanhavam a deusas. Seus instrumentos eram:

• Corda: vina, ravanastron (que deu origem ao violino).
• Percussão: címbalos, tambores.

Na China

                A música na China teve seu nascimento cerca de 4.000 anos A.C. Fundamentava-se no seguinte princípio filosófico: “do sopro do vento, do murmúrio do oceano e do canto dos pássaros o homem fez a música, logo, a música nasceu da natureza.”

                Ling-Lum, o primeiro músico teórico que estabeleceu o sistema de 5 tons que formava a escala pentatônica. Constituía privilégio exclusivo de imperadores e príncipes a criação da música, que tinha como objetivo levar o povo a praticar o bem.

                Agradeciam aos céus, através da música, as graças recebidas. Instrumentos:

• Percussão: King.
• Corda: Kin.
• Sopro: tscheng (deu origem ao harmônico).

Na Grécia

                Na Grécia, a música fazia parte integrante da cultura intelectual, ocupando matéria imprescindível nos meios educativos. Aqui, seu legado em termos de documentos é extenso no que diz respeito à música. Sabe-se que estava sempre ligada à poesia e era acompanhada de dança.

                Em grego, música significa arte das musas. Seus instrumentos eram:

• Corda: lira, cítara.
• Sopro: flauta de Pan, aulo.

Em Roma

                Na antiguidade, a música romana fora inferior a dos outros povos.

                Importaram da Grécia os melhores professores de música, artistas e poetas, bem como os instrumentos musicais. Assim, os romanos assimilaram a influência helênica, tanto na música como nas demais artes.

                Com a corrupção da sociedade, desceu também o nível da música, reerguendo-se apenas graças ao ideal do cristianismo. Na música cristã encontra-se a origem das maravilhosas realizações da arte musical. Seus instrumentos:

• Sopro: tíbia, trombetas.
• Corda: cítara, lira.

Observações: Digno de nota é o estudo da música ocidental, a qual deu fôlego na música religiosa. Na música religiosa, encontram-se os maiores e melhores materiais e fundamentos da escrita musical que temos hoje. Iniciando com o canto gregoriano, depois veio a música renascentista, o período barroco, a música clássica, o período romântico, e por fim a música moderna e contemporânea. Um dos livros mais importantes para estudo é o Dicionário Grout – História da Música ocidental, presente nas melhores livrarias.

Fonte: Ramos, A. A. e Schitz, E.T. Música na Comunicação, Grafipar, Curitiba, 1974.

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